Rio - O PM Sérgio Costa Júnior, réu confesso no
assassinato da juíza Patrícia Acioli, foi condenado pela 3ª Vara Criminal de
Niterói por formação de quadrilha e homicídio triplamente qualificado. Durante leitura da sentença, o juiz Peterson Barros
Simão disse que "Cada tiro representou dor", sobre o número de
disparos feito pelo acusado na vítima.
A condenação estipulou 18 anos por homicídio
triplamente qualificado e mais três por formação de quadrilha, totalizando 21
anos de pena. O juiz decretou ainda a perda do cargo público do acusado, que
deixa de ser policial militar.
"Minha filha
foi vingada", disse dona Marly Lourival, de 76 anos, mãe da juíza Patrícia
Acioli, ao final do julgamento, entre lágrimas.
O cabo obteve 12 anos e seis meses de redução da
pena dois dois crimes, pelo benefício da delação premiada. Do total, 11 pelo
homicídio triplamente qualificado e um ano e seis meses por formação de
quadrilha.
Sérgio foi o responsável por 18 dos 21 tiros que
atingiram a magistrada, em agosto do ano passado. De acordo com o promotor de Justiça
Leandro Navega, o cabo confirmou apenas a participação no homicídio,
denunciando outros policiais militares.
Na sentença o juiz Peterson Barroso Simão, da 3ª
Vara Criminal de Niterói, considerou o crime de “extrema ousadia” e de “muita
gravidade”. Réu confesso, o cabo assumiu ter atirado 15 vezes na direção da
juíza. A defesa buscava uma redução maior.
— As declarações dele contribuíram para as
descobertas do crime [...] todavia a redução da pena será fixada no valor
mínimo — afirmou o juiz, durante a leitura da sentença sobre a delação
premiada.
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